19 décembre, 2007

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Embaixo da árvore em uma rua escura ele a toca pelas costas, despercebido e safado, como palabras que caem do bolso para prostituirem-se em um guardapapo sujo no chao. Suave e secreta ela sente no corpo os rizomas de um desejo ainda marcado por outra mao, que ela nem sabe mais em que temperatura fala quando escorre. Na verdade, esquizo, nunca soube. Os carros passam frenéticos e a velocidade do consumismo abafa toda a indiscriçao desses corpos que se mordem à olhos nus no mundo paralelo dos arrepios, sob luzes de natal.