Desde criança cultivo o dom de reinventar o que eu escutava da boca de minha avó. Hoje a escutei cantando canções que ela nunca ousou cantar, mas que lhe vestiria muito bem a voz.
Tenho dor vez ou outra, dessas fisgadas que o peito sente quando tudo o que se quer é sentar em um canto escuro, numa quietude de ouvir raio de sol batendo em folha.
Hoje foi um dia assim, triste e cheio de marcos históricos pra pontuar o entendimento do mundo sobre si mesmo. Baixo a um teto liso e sobre um piso verde e fofo caminhei no tempo que restava entre uma página par e outra ímpar escutando cancões de minha avó.
Meu medo lacrimeja quando percebo que o sentido das coisas saltam de minhas mãos e começam a movimentar-se em direção à reinvenção espontânea dos meus sentidos. É sinal de que minha criancidade está voltando na mesma medida em que o tato das coisas se perdem no tempo que passa.
Tenho dor vez ou outra, dessas fisgadas que o peito sente quando tudo o que se quer é sentar em um canto escuro, numa quietude de ouvir raio de sol batendo em folha.
Hoje foi um dia assim, triste e cheio de marcos históricos pra pontuar o entendimento do mundo sobre si mesmo. Baixo a um teto liso e sobre um piso verde e fofo caminhei no tempo que restava entre uma página par e outra ímpar escutando cancões de minha avó.
Meu medo lacrimeja quando percebo que o sentido das coisas saltam de minhas mãos e começam a movimentar-se em direção à reinvenção espontânea dos meus sentidos. É sinal de que minha criancidade está voltando na mesma medida em que o tato das coisas se perdem no tempo que passa.